Vivo das palavras inconscientes, secretas e invisíveis. Louca por cada detalhe teu. Sou eu... Sou eu, em ti. E não me descreveria melhor.

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sexta-feira, março 2

7 # Carta para o teu ex-namorado

Querido estranho irreconhecível,
Passei algumas cartas à frente e parei na tua. Talvez seja tanta ânsia de te escrever, tanta agonia por deixar as palavras moerem dentro do meu cérebro a razão de o ter feito. Só quero dizer que mais de metade do peso na consciência disto tudo deveria estar na tua mente, por teres sido tu a ter deitado tudo a perder quando era uma louca que faria estritamente a maioria dos sacrifícios que estivessem ao meu alcance pela tua pessoa. Estava afim de qualquer coisa que nos pertencia. Eu lutei, e disso não te podes queixar, muito pelo contrário. Eu lutei contra tudo e todos, com todas as minhas forças. Superei quem nos quisesse manter distantes porque para mim naquela altura a única razão da nossa separação seriamos nós e não o que os outros quisessem ou deixassem de querer. Tinha deixado tudo para atrás e entreguei-me de corpo e alma, caí em ti por completo. E se o fiz, foi porque confiava que as nossas discussões desaparecessem com a força do vento. E realmente foi isso que nos aconteceu. Desapareceram, é bem verdade. Mas ao invés disso, ficaste tu com esse teu feitio insuportável ao qual eu estava disposta a aturar. Porque era assim que eu te amava, amava e bem. Era assim que eu te achava a pessoa mais perfeita, com a tua infinita maneira de me pores irritada com o tudo e também com o nada. Quero que saibas que eu nunca tinha deixado de tentar se não fosse esse teu orgulho em tanto. Mas desapareceu, não foi? Porque anteriormente dizias que fazias bastantes coisas não inclusive lutar por mim, então aí eu tornei-me fria contigo. Foi nesse preciso momento que mudaste, deste uma volta e vieste atrás de mim, lutaste, persististe, e fizeste tudo o que estaria ao teu alcance. Lamento tanto sofrimento que te causei. Quer dizer... Se calhar nem lamento nem coisa parecida. Fizeste-me exactamente o mesmo, e tornaste-te naquilo que dizias nunca ser. Oh, esquece, eu não consigo relembrar mais nada. Obrigada por tudo irreconhecível estranho, obrigada por me teres feito ver que existem pessoas melhor. Ou não. E tu. Tu não peças desculpa por tudo o que passei. Porque não sou pessoa de guardar rancor, mas também não tenho memória pequena. Não esqueci as noites mal dormidas e as aulas em que a matéria me saía a 200 enquanto entraria a 100. E quero que saibas que nunca mais me apaixonarei por alguém como tu. Sofreria bastante, e relembraria-me novamente da tua pessoa. Cuida de ti. Não por mim. Pelo menos por ti.
E não te escrevo uma despedida em condições, com nexo e com sentimentos porque se o fizesse iria ser demasiado bruta, e não o quero ser. Não me quero tornar naquilo que eras comigo.
Adeus, até sempre.

5 comentários:

mariana disse...

sabes o que penso. love you

Filipa disse...

É sempre bom prevenir e sempre difícil dizer "adeus, até sempre"

LEAH disse...

Acreditas que chorei a ler isto? Acho que a música também ajudou à festa e todas estas recordações que ficaram guardadas por aqui a algures. Escreves lindamente meu amor <3

eva melissa disse...

gosto muito , sigo-te !

andrii disse...

Fizeste-me chorar. Fizeste mesmo.
Gostei muito <3