Não durmo em cima de todos os teus constrangimentos. Não durmo sequer, quando não te encontras na terra e quando o teu corpo é mais fraco que um copo de vidro acabado de partir no meio do chão. Se a alma existe, então existem irmãs das quais pertencem a esse cliché de rotinas repetitivas. Deito-me, levemente, sobre o teu corpo e pergunto-te se te encontras comigo. Respondes-me que sim, mas eu sei que não estiveste atenta à questão. Quase antecipo as tuas lágrimas e toco-te no rosto para impedi-las de derramares sobre os meus gélidos dedos. Dou-te força, aliás, toda a minha força. Eu aguento-me aqui no canto, se a construção da tua rotina for duradoura. Porque no final das contas, tu és o meu espelho. Talvez o meu espelho da alma.
Mostrando postagens com marcador SoulSister. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SoulSister. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, fevereiro 13
terça-feira, abril 17
Irá sempre haver uma janela que procura por ti.
Estou a escrever-te com mágoa e sei que na segunda ou terceira linha as lágrimas já não se conseguirão prender mais cá dentro. Porque éramos melhores amigas, e com o tempos as pessoas mentalizam-se que melhores amigas realmente não existem. A minha opinião é essa. Porque pode haver alguém de quem gostemos mais mas não deverá passar daí. Eu simplesmente não deveria deitar tudo a perder e desistir. Porra, não devia. Mas eu nunca faço o que devo e tu sabes tão bem disso, por isso vou sair pela porta principal e nunca mais vou voltar a entrar na tua casa. É isso. Não precisas de a deixar aberta com esperança de que nas próximas horas volte, porque não irá acontecer. Deixo as memórias, a mágoa, o amor e tudo em cima da prateleira à vista dos teus olhos para repares que fui embora. Mas com um pouco de azar ainda te apanho num daqueles dias em que o teu corpo só requer distracção e nem a minha falta sentes. Acredita em mim, porque és insubstituível, e por mais que negues eu também o serei em ti. Porque eu conheço-te melhor que ninguém e tu igual. Nunca ninguém terá curiosidade suficiente para ter vontade de descobrir o que eu desvendei em ti. E para além disso eu não posso ser a única a lutar por nós. Não posso ser a única a lutar por uma amizade que já se perdeu no tempo e esmagou-se com o cansaço. Ambas sabemos que irei olhar umas cem vezes para trás todos os dias e ver se ainda continuas lá à minha espera, mas sinceramente acho que a tua pessoa terá uma ideia que continua tudo bem e que para mim não faz diferença que já não te preocupes comigo. Nego pelo simples facto de não ser verdade. Deixo-te esta carta, e tudo o que foi nosso. Deixo-te nada. Já que palavras para ti não fazem diferença. E digo-te... Vou-me embora com a consciência claramente limpa porque cuidei de ti durante bastantes anos. Mas agora torna-se impossível chegar-me a ti. Desculpa se cometi alguns erro... Sabes o quanto gostei de ti, sabes o quanto lutei por nós... Mas agora é o fim. Porque na verdade nada é para sempre. Muito menos duas amigas como nós. E deixo-te aqui o meu ultimo conselho como tua maior confidente. Não esperes pelo tempo. Porque o tempo também não irá esperar por ti. Alcança o que amas. Não esperes pelo ultimo segundo para dizeres que o amas. Alcança-o já. É o melhor que te posso sugerir. Não digas que não tentei. Adeus. Cuida bem de ti, minha princesa.
Assinar:
Postagens (Atom)