Vivo das palavras inconscientes, secretas e invisíveis. Louca por cada detalhe teu. Sou eu... Sou eu, em ti. E não me descreveria melhor.

Início ~ Cartas ~ Sobre mim

quarta-feira, abril 25

E deixei um rasto de mim. Não para me procurares. Mas sim para veres que fingi ser forte.

Sabes quando a ventania traz as memória esquecidas e as leva mais depressa do que trouxe? Lembra-te do dia em que as declarações possuíram o batimento dos nossos corações. Ele passou hoje por mim na rua e juntamente trouxe memórias. Olhou-me com angustia de pedinte. Visualizei-o estranhamente, como se o conhecesse mas não soubesse de onde nem de que tempo nasceu ele. Parecia estar com pressa e quando notou a minha presença parou e fez-me um resto esquisito de entender. Notou a minha presença e rapidamente percebeu que não o reconhecia, mas na verdade eu sabia o que ele era, o que ele estava lá a fazer e o porque de passar por mim aquelas horas do dia. Eu sabia, mas escondi perante a sua figura. O seu cheiro de saudade. O aroma de melancolia do seu rasto que teimou em deixar. Lentamente corri porque naquele momento a única coisa que me possuiria era o cansaço. Foi o instante dele pegar em mim e atirar-me para o meio da rua. Atirou-me e forçou-me a ouvir a nossa melodia novamente. Eu fingi ser forte, arrastei tudo o que me restava pelo chão e abri a porta de casa. Corri para o meu refúgio e vim escrever.

4 comentários:

mariana disse...

gosto mesmo :))

cláudiagomes. disse...

Princesa, aquilo é um texto triste se de escrever.

Anônimo disse...

oh que querida, obrigada princesa!

andrii disse...

não tens de quê.
obrigada eu, meu anjo <3