Vivo das palavras inconscientes, secretas e invisíveis. Louca por cada detalhe teu. Sou eu... Sou eu, em ti. E não me descreveria melhor.

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domingo, maio 27

{Ninguém o sabe... Mas desde o início entreguei-me a ti}

Já não escrevo faz anos na minha mente. E deixar de te escrever seria a semelhança de como deixar de observar o mar com pérolas reluzentes. Pergunto-me onde se localizam as próximas marés da minha estrada. Pergunto-me se elas existem sequer. Quero esquecer-me de como as tuas mãos são agradavelmente quentes e desejo perder-me noutro horizonte. Por isso não deixo de me relembrar de ti, não deixo de escrever num simples papel cor amarela que preciso de ti... Arranco-o da frente do meu computador e encharco-o de dor que se libertou. Mataria esta saudade não bem-vinda de qualquer forma e rebentaria com a barragem a ponto de deixar entrar qualquer droga. Deixaria que a água derrotasse as impurezas de um rio que contem uma imensa escassez. Pelo que relato, e bem, não me perdoaria por esta tua ausência de amor necessitado pela minha alma. Mataria-me com uma arma ainda por usar.