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quarta-feira, janeiro 30
Drogas como tu
Fumar um cigarro consegue-se tornar mais interessante que
esperar por ti. Espero-te e escrevo-te. Leio-me de seguida e torno irónico o
riso que lanço no seguimento de uma lágrima. Esperar por ti tem sido um erro,
uma condenação. E um vício não te larga, logo não te largarei. Não me censures
por ainda tentar, censura-me se algum dia não me vires nas redondezas, por ter
cometido suicídio. Desmanchaste-me o coração, eu acho que também me
desmanchaste a alma.
terça-feira, janeiro 15
Brisa leve
Por instantes esqueci-me de que ainda existias. Morreste-me, num intervalo de tempo bastante pequeno. Engoli a mágoa, assumida, à qual pertences. Por breves momentos soube cuidar de mim sem implorar pela ajuda de ninguém ou, sendo mais específica, pela tua ajuda. Sei que houve um segundo, talvez minuto, em que pedi num tom bem leve que não solidificasses o meu Amor de novo. Na verdade, não tive noção das palavras que, num ápice, soltei. O meu Amor, que te pertence, é sólido. Mais duro que uma rocha, e mais longo que um ano. Fraquejei por o saber. Fraquejei por não o querer interiorizar. Não sei tirar-te de mim, onde pousar as palavras que, um dia, me sussurraste. Algum tempo depois, abri os olhos e pensei o bom que seria saber como o fazer. Como fazer a minha mente não te querer ter nela. Como fazê-la negar que não, não estou bem neste deserto outrora conhecido.
sábado, janeiro 12
Não corras. Não me queiras ter de novo. Não me pertenço a mim, quanto mais a ti
Ir ao centro comercial e ver dois apaixonados a partilharem
a sobremesa de um restaurante barato. Amados e com um brilho enorme no olhar.
Rio-me deles, tão rapidamente, como me riria de uma piada hilariante. Rio-me
mas logo de seguida desejaria não os ter visto. Não escrever sobre o amor nem
outras drogas que consumo. Sair à rua numa madrugada gélida é exactamente o
mesmo que me perder em ti. Perder-me nos caprichos que me levam a amar-te tão espontaneamente. E, ver-te na rua, a meio de uma tarde e mesmo assim sentir que
é de madrugada, enlouquece-me. Faz-me mal. Faz-me mal ser tão presa a ti e
querer negar isso comigo própria. Pessoalmente, acho-me tua. Não de uma forma
recíproca ou parecido. Aliás, muito pelo contrário. Porque nem tu me pertences,
nem eu a ti. Não pertenço a ninguém, cuido de mim própria. Porque amo sozinha,
como quem grita no meio de uma rua deserta e espera uma resposta, mesmo estando
ciente que não a irá ouvir. Mas eu ouço-te. E isso faz-me mal. Ouvir o que não
me falas. Ouvir o que sentes e o que não dizes, mesmo que o queiras fazer.
quarta-feira, dezembro 26
{A droga do teu amor}
Olhei-me ao espelho como se estivesse a uma hora de cometer um enorme erro. E, na verdade, estava. Com aquele olhar de que a minha vista estava perdida, no tempo, com certeza. No final das contas, também me perdi no dia e no teu sossego. O teu olhar mostrou-me algo que já algum tempo eu não via em ninguém. Ninguém me abstraia das ruas, da sociedade, como tu. Por estranho que pareça, ou até seja, a minha alma não está em sossego porque o Inverno a feriu. Quando falo em Inverno, refiro-me ao frio que a minha pele deixou absorver para o meu organismo e feriu-me. Não deixou marcas palpáveis nem propriamente visíveis. Só vê quem me olha e percebe. Quem me traduz pelo olhar e percebe que deixei metade de mim contigo. Perdi-me contigo. A outra metade de mim sou eu, e aquilo que nunca me abandonará. A minha postura que me faz aguentar palavras e actos durante a minha rotina, aquela que eu acho já bastante repetitiva. E percebi que remar contra a maré faz-me mal. Mas ir com ela faz ainda pior. Das duas formas transforma as minhas arritmias em pesadelos. Num ápice, olho-me ao espelho novamente, passadas muitas e muitas horas. O meu olhar está mais presente que o meu corpo. Depois disso, posso dizer que ainda és a única droga à qual não resisto e me vicio.
sexta-feira, dezembro 21
Paz, que já não habita em mim
Engoli a dor e olhei para ti. Parecias-me mais frio que o habitual. As semelhanças eram tantas. Esse sorriso, que agora pertence a alguém. O que te aconteceu ao olhar? Já não observo quantias de amor espalhadas pelo chão. Talvez porque tenha desaparecido, tal como nós, tal como a minha inspiração, que parece um vai e vem todas as vezes que o meu estado de espírito muda. Olha-me nos olhos e diz-me onde encaixar tanto amor que só te pertence a ti. Devolve-me a paz e o controlo. Devolve-me o que eu tinha, que agora nem no meu refugio consigo encontrar. Distancio-me de tudo e parece que nada me implora para que volta. Esqueci-me que o amor não se pede e imploro, peço, grito, descontrolo-me inconscientemente pelo teu amor. E mais uma vez peço-te: devolve-me a paz.
sexta-feira, dezembro 14
terça-feira, dezembro 11
Às vezes torna-se no impossível
A noite foi congelando e, agora sim, eu noto que o Inverno está a bater à minha porta. E não me tenho sentido tão gélida, só por fora. E fisicamente, estava eu acostumada a sentir o teu abraço e o teu intensivo beijo e aquecias-me. Estou vazia e o vazio transparece no frio que sinto, não por fora, mas sim por dentro. E, aquece-me, mesmo aí de longe. Vem aquecer esta mente desacompanhada. Vem-me aquecer a mim...
domingo, dezembro 9
O cobertor do desespero cobriu-me e eu senti-me quente
E, não aguentei. Deixei-me ir pela perdição da noite. Caí no vicio. Lembrei-me de ti, como se estivesses ali a observar-me. Quantos me pediram que fosse mais forte que o meu desespero. Mas, não fui. E, tu no fundo, sabes que não o sou. Deixei-me levar e, mesmo desse modo, não me saías do cérebro. Não saías de mim, e não chegaste a sair nem durante um segundo. Lembrei-me de como seria se passasses por aquela rua naquele preciso momento. Perguntei-me tantas vezes se teria sido diferente se me estivesses a observar. Se me impedirias, ou se me deixarias continuar. Mas não te avistei. Não te avistei nem parei. A loucura falou mais alto e não pensei num "Não". Não te esqueço. Não sei como o fazer nem onde meter este amor que transborda nas minhas mãos. Ninguém merece que caia em cada obstáculo, nem que que mude de rumo por ter uma rotina viciada. Pus as cartas na mesa e chorei. Porque me desabou o mundo. Chorei como se a minha cidade estivesse seca e com urgente necessidade de uma cheia. Ela pôs as mãos nos meu rosto e não me impediu que o fizesse. "O que farás a seguir não mudará nada, mas não te impeço que o faças porque sei quanta loucura está aí dentro", disse ela. E eu segui a voz dela, já não capaz de tomar decisões, já não capaz de pensar. Segui-a. E a minha loucura cobriu-me. Como me cobre desde que foste embora. Mas desde essa noite, pior.
sábado, dezembro 8
Apesar
Não mereces que perca o apetite, nem a fome. Não mereces que o vazio não se encha... Mas, mesmo assim, eu perco o apetite, a fome não ataca e nem a loucura enche o vazio.
quinta-feira, dezembro 6
Dia 6
1. E já lá vai um ano, não é? Um ano que aturas as minhas crises e os meus caprichos. Um ano em que te apoio de todas as maneiras possíveis. E durante este mesmo ano, estive a teu lado de diferentes formas e soube como lidar com isso. Agora a minha alma está limpa porque soube aproveitar a força que me davas. Porque nunca me abandonas-te. O nunca é uma palavra forte e, sem medos, atrevo-me a utilizá-la contigo. E isso reflecte-se na minha escrita para contigo. Um ano passou rápido, Fabrizio. Um ano de implorações e lamentações que se transformaram em paz. E cria-se um orgulho em mim ao dizer-te isto, até porque nunca te minto... Nunca, quando te digo que não te abandonarei, nem um dia neste mundo. Sabes que gosto imenso de ti. Um ano não é muito, mas muita coisa aconteceu.
quarta-feira, dezembro 5
2# Diário da tua ausência
Hoje as minhas lágrimas descongelaram-se e voltaram a atacar-me. Com essa tua camisola verde que se encaixa em ti tão bem e reforça a perfeição que vem junta contigo. Queria que tivesses a mera noção da vontade infinita que tive de te beijar. De te abraçar e implorar que voltássemos ao mesmo. O amor não se pede, e eu sei disso tão bem... Tenho a dura saudade em mim de sentir o teu braço sobre os meus ombros, o teu respirar sobre o meu pescoço. Que vazio igual à morte, Deus. Que saudade aterradora que mais parece que alguém me atirou para um poço bem profundo, sem chão. Igualmente, sem ti.
Queria poder correr para ti e dizer-te que a minha cor favorita é a dos teus olhos, idênticos a muitos outros mas diferentes e únicos. O olhar cujo me fez apaixonar. E não poder dizê-lo, mata-me, com um tiro bem no fundo coração.
Another one
É de manhã e as arritmias já se instalaram em mim. É de manhã, mais uma manhã sem ti. Mais um dia, uma noite sem ti. Vem-me acalmar, porque a manhã ainda mal começou.
terça-feira, dezembro 4
1# Diário da tua ausência
Segundo dia da tua ausência consciente. As lágrimas absorveram-se no meu corpo e eu quase imploro que venhas. Não imploro porque o Amor não se implora. Só por isso.
Hoje vi-te, vezes sem quanta e as lágrimas não correram porque se congelaram com o frio matinal. Olha-me outra vez e diz que me amas. Diz que as reviravoltas foram pesadelos criados enquanto dormia, diz-me que acabei de acordar e beija-me. Leva-me embora deste mundo e reflecte comigo. Leva-me contigo.
Perdi a confiança em mim, em nós e no meu amor. Diz-me que não, que tenho confiança e força. Que não passa de um sonho contínuo e que quando eu acordar vais estar do meu lado e dar-me um beijo de bom dia. É como se perdesse o rumo. E perdi...
Por hoje é tudo. Direi à Lua como hoje estavas fantástico e como desejaria poder dizer-to.
segunda-feira, dezembro 3
Imagino-te aí... Sem mim. Vejo-me a mim, aqui. Sem nada.
A noite está gelada e tenho tanto para te contar...
Primeiro de tudo, hoje à tarde estavas de branco. Oh, como a perfeição encaixava tão bem em ti... E não era só hoje... Sempre foi.
Segundo, as minhas arritmias, num dia só, transformaram-se em pesadelos tremendos e frustrantes. Não me largam e bombardeiam-me com lágrimas. Lágrimas capaz de encher a minha rua. Num ápice, sinto-as a derramarem-se bruscamente e rapidamente pelo meu rosto. São imparáveis e intensas. Não sei como controlar as minhas arritmias. Não faço a mínima, nem conheço, outro remédio para tal senão tu, o teu abraço e o teu beijo. Olhar-te e não poder receber isso vindo de ti, mata-me, quase me congela na estrada e me pára em frente do carro que vinha a alta velocidade. Quase. Imaginar-te aí, e não poder dizer o quanto te amo faz-me tão mal. Faz-me mal não te ter dado um último beijo e não te ter dito um último amo-te. O problema é que essa palavra está tão vandalizada que nem consegui dizê-lo pela ultima vez para não me arrepender de não ter dito uma palavra mais adequada que encaixasse no amor que tenho por ti.
E como desejava que neste momento estivesses a ler isto... E se por acaso chegaste a decorar ou até a guardar o nome no meu refugio, lê-me. Lê-me até ao fim como se a tua noite ainda fosse criança e não tivesses mais nada que a ocupasse. Diz-se por aí que a inspiração cresce, quando a tragédia vem. Mas escrever-te não se trata de inspiração, trata-se do meu amor por ti... E então? Então nunca existirá um final nas minhas palavras para ti... Escrevo-te agora, e parece que não tem fim. Talvez porque te tenha escrito pouco. Ou não. Talvez porque ainda faltava tanto e tanto para dizer e estou, por assim dizer, a descarregar tudo na frustração... Estou aqui, sem ti, vazia. Mesmo tendo mais coisas com que me preocupar, mais pessoas para amar, é frustrante o facto de ter ficado sem ti, assim, em segundos que não dão para uma expiração minha quando as arritmias me descontrolam. Vem-me acalmar a ansiedade... Vem destruir a minha dor. Só. Vem.
domingo, dezembro 2
Jardins proibidos
E eu bem lá no fundo sei que as flores no teu jardim com o meu nome tu raramente olhas para elas e raramente te apetece regá-las.
sábado, dezembro 1
Passagens de tempo repentinas
O outro lado do rio não é longe. Mas eu não te sinto perto. As horas passam devagar e a tarde ainda nem se iniciou. Não tenho vontade de fazer alguma coisa que seja necessária para o meu bem estar, senão encontrar-me contigo a beira do rio e acalmar as minhas arritmias novamente. A força para escrever é quase nula e sinto-te agora comigo. Fica. Fica aqui, na minha mente.
sexta-feira, novembro 30
Curas para o meu cansaço
Agarro-me às noites em que estavas, quando te ausentas. E, meu Sol, não cries muralhas perante os nossos corpos porque eu também não criarei. Faço figas, à criança, para que tudo corra bem. Corro para ti e não me queres largar. Sinto o aroma da estabilidade e da sensação de prazer que isso me traz. Tranquilidade como quem anseia alguma coisa aleatória e, finalmente, a tem. Entende o que me faz viver. Entende o que me faz ansiar, dificultando a minha respiração. O pôr do Sol não me deixa derramar, sequer, uma lágrima. Deu-me a entender que as marés já continham água suficiente e que não necessitavam de lágrimas de sangue. Lágrimas de sangue porque feri os olhos de cansaço. E necessitaria de que substituíssemos os nossos caprichos por uma cura à minha ansiedade. Esta que some quando tu apareces. E é essa a cura... Tu.
quinta-feira, novembro 29
Um pôr do Sol e um cachecol mais frio que o teu abraço
E dirigi-me para onde o Sol se põe. Sei que tenho o dia cheio e, naquele momento, deveria ou estar a estudar ou a perguntar-me o porquê de não estar a sorrir com a minha plena sinceridade. Repito: dirigi-me para onde o Sol se põe. Porque quase o vimos todos os fins de semanas juntos. Quase, digo-te. Sinto-me distante, sinto-te do outro lado do mar. Do lado onde ninguém ainda foi. E tenho inveja de quem está contigo neste exacto minuto que demorei a escrever-te. Queria que te estivesses a lembrar de mim... Sentir-te agora seria como cobrires-me com um cobertor porque o fim de tarde não está propriamente quente, muito pelo contrário. Seria vires cá e dizeres-me que o que eu estive lá a fazer não me serviu de nada e não teve quaisquer razão. Mas teve. É esse o problema... Teve...
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